Nasceu há 113 anos, a
29 de Junho de 1900, em Lyon, Antoine de Saint-Exupéry, autor de "O
Principezinho", o livro mais traduzido em todo o mundo, depois da Bíblia e
de "O Capital", de Karl Marx. A sua morte, aos 44 anos, num acidente
de aviação, ainda hoje permanece um mistério e tornou-se um mito sobre sua
causa.
Órfão de
tenra idade, Saint-Exupéry desde cedo demonstrou fascínio pelos aviões e fez
o seu batizado de voo logo aos 12 anos. Com um aproveitamento irregular no
Colégio de Jesuítas que frequentava, tenta a admissão à Escola Naval, mas não
consegue, tendo então, optado pela arquitetura. Fez o serviço militar em
Estrasburgo, no 2º Regimento de Aviação, obtém um "brevet", e sofre o primeiro
acidente aéreo (seriam mais cinco, ao longo da sua vida, alguns bastante
graves, tendo chegado a fraturar o crânio, teve uma comoção cerebral, fraturas
múltiplas, ficou parcialmente paralisado no braço esquerdo).
Trabalhou em
várias companhias aéreas. O seu primeiro conto, "L'Aviateur" (O Aviador), foi
publicado em 1926. "Courrier Sud" (Correio do Sul), depois adaptado ao cinema, (Saint-Exupéry
neste filme, atuou como ator principal nas cenas de voo) dois anos mais tarde.
Em 1931
publica o romance, "Vol de Nuit" (Voo Noturno), com prefácio de André
Gide, o qual é atribuído o Prémio Femina, devido à semelhança da sua vida,
"Voo Noturno" mostra-nos um homem em que a coragem era tão natural
que dela fazia pouco caso.
Em 1942 sai
"Pilote de Guerre" (Piloto de Guerra), que rapidamente se torna um
best-seller. Em 1943 escreve e publica "Lettre à un Otage" (Carta a um Refém) e "O
Principezinho". É promovido a comandante, mas restringem-lhe os voos
devido à idade.
Depois de
oito missões na Córsega, mais três do que aquelas que lhe haviam autorizado, em
1944, com a II Grande Guerra, quase no final de carreira como piloto de guerra,
é dado como desaparecido no dia 31 de Julho de 1944.
Depois de ter
decolado numa manhã, desapareceu na imensidão azul celeste que tanto amara, na
sua derradeira missão sem regresso. Não se sabe ao certo o local da queda. Um
pescador defendeu que foi na Baía de Cassis.
Em 1948 sai
em homenagem à sua memória, o seu romance "Citadelle" (Cidadela). A
sua escrita encantou várias gerações. Como diz Urbano Tavares Rodrigues, “Saint-Exupéry
soube transmitir-nos as grandezas dos espaços aéreos e dos silenciosos
desertos, as sensações do piloto na carlinga do avião, a pequenez do homem e a
sua capacidade de se superar frente ao perigo, perante o infinito ou nas mais
duras circunstâncias, como por exemplo, as dos náufragos em terra inóspita,
despojados de tudo”.
Avião do autor de "O Pequeno Príncipe" foi derrubado por um
caça alemão
G1 - Agência France Presse/2008
O avião do
escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor do célebre livro "O
Pequeno Príncipe", cujo desaparecimento em 1944 nunca foi esclarecido, foi
abatido por um caça alemão,
revelou o piloto 64 anos depois.
"Tudo
aconteceu em Toulon", revelou à AFP o alemão Horst Rippert, piloto da
Luftwaffe durante a Segunda Guerra Mundial.
"Voava
abaixo de mim, enquanto eu cumpria uma missão de reconhecimento no mar. Vi um
emblema, virei para o lado para me posicionar atrás dele e o derrubei",
explicou Rippert, de 88 anos. O avião caiu na água. "Nunca vi o piloto", disse Rippert.
Tudo aconteceu
em 31 de julho de 1944. Sessenta e quatro anos depois do misterioso
desaparecimento de Saint-Exupéry, Rippert conta os detalhes em um livro que
será lançado no dia 20 de março de 2008 na França.
"Se
soubesse que era Saint-Exupéry, jamais teria abatido o avião", admite o
ex-piloto da Lufwaffe, que acrescenta só ter descoberto muito tempo depois que
era o responsável pelo desaparecimento do escritor. "Em nossa juventude todos líamos e adorávamos seus livros", revela.
A Revelação do mistério de Saint-Exupéry e a localização de Rippert, que posteriormente foi jornalista do segundo maior canal de televisão alemão, ZDF, foi possível graças a uma longa investigação do submarinista francês Luc Vanrell e do fundador da Associação de Busca a Aviões Perdidos Durante a Guerra, Lino von Gartzen.
A história é contada em um livro escrito por Vanrell e pelo jornalista Jacques Pradel, que tem o título "Saint-Exupéry, O Último Segredo".
A Revelação do mistério de Saint-Exupéry e a localização de Rippert, que posteriormente foi jornalista do segundo maior canal de televisão alemão, ZDF, foi possível graças a uma longa investigação do submarinista francês Luc Vanrell e do fundador da Associação de Busca a Aviões Perdidos Durante a Guerra, Lino von Gartzen.
A história é contada em um livro escrito por Vanrell e pelo jornalista Jacques Pradel, que tem o título "Saint-Exupéry, O Último Segredo".
O
misterioso desaparecimento do escritor motivou diversas hipóteses, até que um
pescador de Marselha encontrou em 1998 uma pulseira com o nome
"Saint-Ex" em sua rede de pesca.
Dois anos
mais tarde, Vanrell encontrou os destroços de um avião Lighting como o que era
pilotado pelo escritor. Em 2003, depois de retirar do mar os destroços, o
número de série do aparelho mostrou que se tratava do avião de Saint-Exupéry.
Ao lado do
avião do autor, também foram encontrados destroços de um avião Masserschmitt
alemão e as investigações se voltaram para este país.
"Podem
parar de procurar. Eu derrubei Saint-Exupéry", disse Rippert ao ser contatado
por Lino von Gartzen.
Saint-Exupéry
partiu do norte da ilha de Córsega em 31 de julho de 1944 a bordo de um
Lightning P38 para realizar uma missão de reconhecimento e observação
fotográfica para preparar o desembarque em Provence. Porém, nunca retornou à
base.
Horst Rippert, um alemão de 88 anos
que combateu na Luftwaffe, durante a II Guerra Mundial, declarou ao diário
francês La Provence, ter sido ele quem abateu o avião pilotado pelo escritor Antoine
de Saint-Exupéry, a 31 de julho de 1944. O corpo do autor de O Principezinho
nunca foi encontrado.
Alemão diz que abateu avião de
Saint-Exupéry
Diário de
Notícias – 16 de março de 2008
Horst Rippert, um alemão de 88 anos
que combateu na Luftwaffe, durante a II Guerra Mundial, declarou ao diário
francês La Provence, ter sido ele quem abateu o avião pilotado pelo escritor Antoine
de Saint-Exupéry, a 31 de julho de 1944. O corpo do autor de O Principezinho
nunca foi encontrado.
A revelação surge na sequência de um
trabalho de investigação levado a cabo pelo jornalista Jacques Pradel e pelo
mergulhador Luc Vanrell, que descobriu os restos do Lightning P38 de
Saint-Exupéry, em 2004.
Contado pelos investigadores
franceses, Rippert disse-lhes: “Podem deixar de procurar. Fui eu que abati
Saint-Exupéry.” Segundo o agora jornalista reformado, após ter sido atingido
pelos seus tiros, o avião do escritor francês “desapareceu no mar. Ninguém
saltou, não vi o piloto. Soube dias depois que se tratava de Saint-Exupéry.
Esperei sempre, e espero ainda, que não fosse ele. Todos o tínhamos lido na
nossa juventude, adorávamos os livros dele. Ele sabia descrever admiravelmente
o céu, os pensamentos e os sentimentos dos pilotos. A sua obra suscitou a
vocação de muitos dentre nós. Se soubesse que era ele, não teria atirado. Não
sobre ele”.
Segundo Horst Rippert, o fato de ter
abatido o seu herói levou-o a ocultar a verdade durante todo este tempo, bem
como o temor de que ela prejudicasse a sua carreira, que o levou a dirigir a
editoria de Desporto do canal televisivo ZDF e a fazer parte da organização dos
Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.
Continuam, no entanto, a subsistir
dúvidas sobre se Saint-Exupéry teria mesmo sido abatido por um avião inimigo.
Há quem persista em insistir na tese de avaria, e até na de suicídio.
O escritor Jules Roy, grande amigo de
Saint-Exupéry, investigou longamente a sua morte para o livro Passion et Mort
de Saint-Exupéry - Paixão e Morte de Saint-Exupéry (1951), e não encontrou referências, nos arquivos da
Luftwaffe, de um abate aéreo na área em que o avião se despedaçou, mas apenas
à sua queda.
E no número de Março/Abril de 2008,
da revista francesa Nouvelle Revue D’Histoire, seu diretor, o historiador e
escritor Dominique Venner, insiste na possibilidade de Saint-Exupéry ter se
suicidado, por se encontrar seriamente deprimido.
Nota: Este material sobre a morte de Antoine Saint-Exupéry, está sendo
possível depois de concentradas pesquisas em vários sites na internet.
A propósito, você já acessou a fan page do meu livro infantil Juju Descobrindo Outro Mundo? Não imagina o que está perdendo. Acesse: www.fecebook.com/jujudescobrindooutromundo.
E o site da Juju Descobrindo Outro Mundo, já o acessou? Se eu fosse você iria conferir imediatamente. Acesse: www.admiraveljuju.com.br
4 comentários:
Sinto um carinho imenso pelo escritor Antoine Saint-Exupéry, dando-me a impressão de ter vivido nessa época. Ele me parece muito familiar, mas não pelas características físicas, talvez pela empatia.
Dilson, muito gostoso ler um artigo (biografia) descontraído, os olhos deslisam pelas linhas sempre em busca de mais informações.
Excelente escolha "Antoine Saint-Exupéry"
Segure meu abraço abraço carinhoso.
Arlete
Obrigado admirável poetisa Arlete Meggiolaro pela visita e o gentil comentário. Esperamos contar sempre com sua presença no Bússola Literária e os seus pertinentes comentários. Abç fraterno...
Nossa! Excelente postagem, estou maravilhada com este blog
Pois aqui no Bussola Literária é onde se encontra fragmentos
de boas leituras para o exercício da memória.
Além de estar na companhia deste excelente escritor Antoine Saint-Exupéry.
As imagens também muito valorativas.
Parabéns.
Bjus Juloren
Obrigado pela visita ao Bússola Literária, notável poetisa que ressalta nos seus versos a essência do amor. Continue nos honrando com sua graciosa presença e os seus gentis comentários. Obrigado mesmo! Abç fraterno...
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