A escritora Cleuza Bueno,
ao criar o seu livro, “Ana, adorando
em meio à dor”, além de estar narrando uma história real, verdadeira, envolvendo
sua própria sobrinha, enfatizou com muita propriedade três premissas valiosas
na vida de qualquer ser humano: fé em Deus, vontade de viver e ter sonhos. Este
é o seu primeiro livro, mas, sua arte de escrever já
demonstra habilidade estética, conteúdo envolvente e autêntico. O que a torna,
mais uma celebridade da nossa literatura.
Mostra nesta sua obra, utilizando-se de uma
linguagem acessível e emocionante, a odisseia de uma paciente desenganada pela
fatalidade do destino – ou seria da ciência? – o pesadelo vivido por uma pessoa portadora de um câncer maligno. Independente da identificação do
culpado, a verdade é que se trata de uma realidade essencialmente familiar, mas
que habita em muitos lares, tornando os dias nebulosos e dolorosos. A história
de Ana Lídia prende a atenção do leitor do princípio ao fim.
No filme O Presente, de
Michael O. Sajbel existe uma personagem chamada Emily. Uma garotinha emotiva e cativante de 8 anos, portadora de leucemia –
morre em consequência da doença –, desejava para sua mãe ainda muito jovem, um
relacionamento estável e feliz. Em uma de suas falas explicando o sentido da
vida sob a ótica da inocência, ela diz: Sabia que Deus pinta todas as cores das
borboletas com os dedos? É verdade, Deus
pinta as borboletas, o arco-íris, as flores, os pássaros, as estrelas, o sol, a
lua, o universo e até a nós mesmos.
Quem sabe Ele pintou a dor e a angústia de Ana Lídia depositando nela uma doença considerada até para os mais estudiosos cientistas e oncologistas como fatal. E, por meio de um simbolismo, ela pudesse dar o seu testemunho exaltando a importância da fé e da esperança, mesmo nas situações consideradas insolúveis?
“Ana, adorando em meio
à dor”, conta a
história de Ana Lídia uma linda jovem de 21 anos idade, diagnosticada ser
portadora de um câncer raro. Tão raro que, existem apenas quarenta casos confirmados em
todo o planeta. Por ser implacável e letal para aquele que tivera a
infelicidade da sua contaminação, também é desalentador.
É tão nocivo e medonho, que é capaz de tornar pacientes e
familiares, reféns da própria sorte. No caso de Ana Lídia, de acordo com a
médica hematologista Fernanda Meireles que a atendia e a ajudava a continuar vivendo,
não restou a princípio, outra alternativa, senão reunir a família e dizer o
que todos não queriam ouvir: "Lamento informar, mas a esperança de vida de sua filha é de 6 a 9
meses".
Daí surge a pergunta: Meu Deus, por que eu? Por que logo comigo? O
que foi que eu fiz para merecer isto? São indagações que vagam de forma sombria pela mente em
busca de resposta.
A escritora Cleuza Bueno sintetizou a história dizendo que, trata-se
de uma história real, onde uma moça linda, jovem, de apenas 21 anos,
repentinamente, vê sua vida totalmente mudada por uma terrível doença: Linfoma
de Grandes Células “B”, um tumor muito agressivo e raro, com poucos casos no
mundo. Mas também, é uma história transformadora.
A coragem e a fé de Ana, “movem montanhas”, trazem renovo e
esperança para aquelas pessoas que já não acreditam mais apenas na medicina
dos homens, e que, estão perdendo inclusive, a fé. O que não acorreu com Ana Lídia, resoluta e corajosa decidiu confiar e crer.
Sua história é a prova indelével de que o nosso Deus não
mudou, continua sendo o mesmo Deus de nossos antepassados. O Deus que cuida de
nós! O Deus dos milagres! O Deus do impossível! Basta você acreditar...
Bússola Literária procurou a escritora Cleuza Bueno para uma
entrevista e saber o que a levou a escrever o livro que tem emocionado o leitor pela
sua narrativa fascinante, rica em nuances de fervor à fé em Deus. E o resultado
dessa certeza de que Deus está presente na vida de cada um, demonstrando
o seu carinho de Pai mesmo na dor, como fez com o seu Filho amado e nosso salvador Jesus Cristo.
A entrevista
Cleuza Bueno – Quando
começou a história da minha sobrinha Ana Lídia, eu fiquei muito comovida com a
atenção da população de São Luís de Montes Belos, da igreja, clamando por um milagre para
combater um câncer terrível, de que passou a ser portadora. Na época a médica
que prestava todo os procedimentos que requer a doença, disse que havia quatro casos iguais no mundo. Após verificações mais apuradas, constatou-se a
existência de quarenta casos. E o que é pior, sem resultado positivo de cura, os pacientes vindo a falecer. A partir do momento em que tomamos conhecimento dos apelos
vindos de diversas pessoas, nos ligando pra dizer que estavam rogando orações
e oferecendo ajuda, senti que era este o livro que Deus há algum tempo havia
me chamado para escrever.
A doença da Ana Lídia
foi diagnosticada em fevereiro de 2013 e, o transplante ocorreu no final de
outubro do mesmo ano. Comecei a escrever a história com a doença, registrando
os fatos dia a dia, como se fosse um diário. Foi concluído exatamente, assim
que ela chegou a nossa cidade, 20 dias após submeter-se ao transplante de
medula no hospital da cidade de Jaú-SP, em outubro de 2013.
BL – Como é que está sendo a recuperação de Ana Lídia?
Cleuza Bueno – A Ana
Lídia se encontra muito bem, lendo o livro o leitor ficará sabendo de mais
detalhes (estabeleceu-se o suspense). É uma história linda, realmente de
milagre. Logo depois do transplante, Ana Lídia ficou um ano sem conviver com
ninguém, em total isolamento, vivendo sua própria solidão. Hoje está curada,
mas continua fazendo acompanhamento médico por meio de exames, realizados de
três em três meses, durante cinco anos.
Mas, o momento tão
aguardado chegou ao fim. Há um mês ela passou a ter o convívio com as pessoas,
obedecendo algumas limitações, é claro. Em agosto será liberada para retornar à
faculdade de arquitetura que estuda na PUC-GO. Mais uma vitória que tornou sua
vida momentos de felicidade e sonhos que estiveram bloqueados, agora é só
comemoração. Voltou a ser uma moça linda, jovem e feliz.
BL – Como era a Ana Lídia antes da confirmação da doença?
Cleuza Bueno – A Ana
Lídia é uma jovem linda e alegre. Tanto é que no começo do livro, quando foi
diagnosticada a doença, uma das primeiras coisas que rogamos a Deus, é que não
tirasse o sorriso do seu rosto. O seu sorriso faz parte da sua personalidade. É
uma menina alegre, feliz.
Sonhava cursar arquitetura, os pais não tinham a mínima condição de manter este tipo de curso. Através da nota do ENEM, ela foi contemplada com a bolsa de estudo integral. Ela vivia a realização de grandes sonhos: terminar a faculdade, casamento e, em ser feliz.
Sonhava cursar arquitetura, os pais não tinham a mínima condição de manter este tipo de curso. Através da nota do ENEM, ela foi contemplada com a bolsa de estudo integral. Ela vivia a realização de grandes sonhos: terminar a faculdade, casamento e, em ser feliz.
BL – Qual foi o momento em que a família sentiu-se mais
desanimada com os resultados do tratamento?
Cleuza Bueno – Assim
que a médica Drª. Fernanda teve a oportunidade de conversar com a família, sem
a presença da Ana Lídia, informou dizendo que, quem tem essa doença o tempo de
vida é de 6 a 9 meses. Mas vamos tentar tudo que estiver ao nosso alcance. A
partir de então Ana Lídia passou por três exames quimioterápicos. Na terceira
aplicação, e ter repetido todos os exames, a médica informou que os linfomas
haviam diminuído cerca de 50 por cento. Na verdade havia diminuído 46 por
cento. Os pais foram chamados e informados da real situação, que o tempo de
vida da Ana Lídia seria de no máximo 9 meses. Nesse momento nós achamos que
tínhamos que tomar outras providências. Fomos atrás da equipe médica que havia
tratado o ator Reynaldo Gianecchini no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Os
profissionais médicos do hospital em contato com a médica Drª Fernanda,
hematologista que a atendia, chegaram ao consenso de iniciar um novo tipo de
tratamento, que consistiu na aplicação de uma quimioterapia ainda mais forte.
BL – O tratamento foi todo realizado em Goiânia?
Cleuza Bueno – O
tratamento da Ana Lídia até o transplante foi todo realizado em Goiânia. Assim
que ficou constatado que não havia mais a presença do câncer, depois de ter passado por 8 quimioterapias, foi encaminhada para Jaú-SP, onde
submeteu-se ao transplante de medula óssea autólogo, que consiste em
transplantar as próprias células.
BL – No livro você atribui muito à fé, como forte meio de
recuperação de Ana Lídia, inclusive cita Max Lucado, é esta a sua opinião?
Cleuza Bueno – Na
verdade quem cita Lucado é a Celene Pereira, responsável pela correção do livro
e que também faz parte da família. É formada em letras e tem no seu histórico literário, algumas publicações. Portanto, quem fala em Max Lucado é a Celene
no prefácio do livro. Não é só a Bíblia que fala sobre fé de uma maneira tão
perfeita, nós temos escritores maravilhosos que falam sobre fé, e Lucado é um
deles.
BL – Como foi o lançamento do seu livro?
Cleuza Bueno – Como é o
meu primeiro trabalho como escritora, fui envolvida de muita expectativa em
relação ao comportamento das pessoas, se o livro seria bem aceito ou não. Mas, foi
emocionante. Aconteceu numa segunda-feira, dia 16 de junho às 19:30h, véspera de
jogo da Copa do Mundo, onde as pessoas cansadas após o trabalho e envolvidas
com o evento que tem parado o Brasil em torno das competições, nós recebemos
mais de 300 pessoas e a aceitação foi surpreendente. Houve pessoas que
adquiriram 10 exemplares cada uma. Foram momentos emocionantes. Pessoas
pedindo-me para fazer a dedicatória dirigida ao esposo; outras diziam que são
livros que estariam levando para presentear os seus amigos ou emprestá-los.
Não estou preocupada
com renda financeira pessoal, mesmo porque todo o dinheiro procedente do livro será
doado ao Hospital Araújo Jorge de Goiânia. Mas preocupada sim, principalmente,
em motivar as pessoas a lerem. Transformar as pessoas através da leitura, com
histórias interessantes, que dizem sobre fé e esperança. E a história de Ana
Lídia, é um bom exemplo da presença de Deus em nossas vidas.
BL – Cleuza, você como escritora, neste momento, que mensagem gostaria de transmitir para outras pessoas que estão convivendo com este problema enfrentado por você e toda família de Ana Lídia?
Cleuza Bueno – O que eu
digo para as pessoas é que existe um Deus que não mudou. É o Deus do
impossível. Um Deus que luta nossas lutas por nós. Que apesar da tempestade,
Ele fala pra você: “Desça do barco e vem...” Então a fé é o que temos de mais
importante, a fé é nosso bem precioso. Não interessa o diagnóstico. Interessa
que nós temos um Deus que cura até o câncer, isto que é importante.
Nota: Para contato e adquirir o seu livro.
Você deve procurar através do telefone fixo: 643671-2586, celular: 648117-1968,
por email: cbueno05@hotmail.com ou cluzabueno05@gmail.com. Também pode ser pelos números do celular
de Lariele Bueno: 648146-5707 e 648114-4333. O valor é R$ 15,00 fora a postagem,
no caso de pessoas que residem fora de São Luís de Montes Belos-GO.
A propósito, você já acessou a fan page do meu livro infantil Juju Descobrindo Outro Mundo? Não imagina o que está perdendo. Acesse: www.fecebook.com/jujudescobrindooutromundo.
E o site da Juju Descobrindo Outro Mundo, já o acessou? Se eu fosse você iria conferir imediatamente. Acesse: www.admiraveljuju.com.br
Imagens: da própria autora, Cleuza Bueno