Luz no olhar de uma poetisa contemplando girassóis na janela dos seus sonhos.
Depois do livro "Quase Poesia" (Bússola Literária - 21 de junho de 2010), a escritora e poeta Basilina Pereira, retorna emotiva e radiante em "Janelas", seu mais recente livro de poesias. Lógico que se trata de um "Sonho Antigo", porém, tudo no seu devido tempo. Sua alma é como "Poemas à Flor da Pele". Tornando-a merecedora dos nossos aplausos por estar efervescendo com seus versos o sorriso dos "Poetas em Cena".
Bússola Literária, mais uma vez trás com muito orgulho o talento de Basilina Pereira. São três poemas extraídos de forma aleatória, entre mais de cem, contidos no seu livro "Janelas". Poderia ser qualquer um entre todos, pelo vigor da sua magia poética, que se destaca como o prelúdio do luminoso e glorioso recital, como poeta e pessoa da melhor qualidade.
Parabéns, admirável Basilina Pereira, por "Janelas" e tantos outros que hão de vir! Principalmente por nos presentear em breve, com o seu primeiro romance: "Sonhos Antigos", ainda inédito. Sucesso...
Persistência
Eu faço versos na falta de outra habilidade.
Cada ser vivente é um poema:
sempre nos diz algo, simplesmente por existir.
Assim é cada coisa:
umas dizem mais, outras menos...
Já pensou uma pedra, quanto tem a nos contar
sobre as ranhuras que limaram sua face?
E uma flor, que desabrocha solene,
com a incumbência de perfumar o jardim?
Com certeza, não é só esse o seu cuidado.
O rio, por discreto que é, segue adiante,
levando suas histórias e seus segredos.
O vento então, com seu ruído velado,
dispensa a rima e a métrica,
sua poética está além...
Eu continuo tentando
entender o canto das aves e o silêncio das florestas.
Longe a ousadia de decifrar meu semelhante,
na persistência busco a mim mesma,
quem sabe um verso ou uma rima imperfeita?
A face oculta
Sofre o poeta em sua inquietude
para achar a face oculta do momento:
aquele que brilha nas entrelinhas do verso
e está acima de qualquer julgamento.
É na ausência do vento
que irrompe o silêncio de calor
e ouve-se o canto desaforado das cigarras
pra esconder seu outro lado: a dor.
A magia tem seus lances de mistério
que confundem presente e passado
como a paixão que busca o enlace
transforma-se em rostos sérios, conformados.
Assim é o canto místico da noite
disfarçado de orgias: carnaval,
exibe sempre o lado triste do palhaço
qual borbulhas em copos de cristal.
Vento, cigarra, poeta, palhaço e paixão
todos têm igualmente o seu avesso,
mas se esforçam pra não macular a imagem
que remete ao enlevo do começo.
O sorriso
O sorriso é um balão
bem no meio da floresta
como o acorde do violão
dá nova vida à seresta.
Quando acontece e se mostra
até os olhos resplandecem
feio o milagre da ostra
quando a pérola aparece.
Tão fácil como amar
e tão difícil de se ver
nada se perde ao doar,
tampouco ao receber.
Não ter medo de sorrir
com humildade infinita,
é deixar o sonho vir,
ver a vida mais bonita.
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