O valor histórico deste documento que estou publicando – Como se tratava o estupro em 1833 - é tão valioso que mereceu ser observado mais detidamente na sua linguagem. O acontecimento narrado no seu conteúdo data-se de 1833, dez anos antes de Gonçalves Dias ter escrito a sua épica obra prima da literatura brasileira “Canção do Exílio”, em 1843, quando o poeta ainda morava em Coimbra, Portugal, saudoso de sua terra natal, com este poema defendeu os seus ideais nacionalistas. Anos depois o cearense José de Alencar seguindo outra linha de raciocínio passa a defender a temática regionalista e sertanista com, O Gaúcho, O Tronco do Ipê e O Sertanejo, porém, foi com os romances enaltecendo as virtudes de nossas matas e o seu fascínio pelos assuntos relacionados à natureza e ao índio, que o seu trabalho literário alcançou o merecido destaque entre as publicações da época com O Guarani, Iracema e Ubirajara. Ainda no século XIX, poetas como Gonçalves Magalhães, Castro Alves, Casimiro de Abreu e Álvaro de Azevedo defendiam a necessidade dos escritores brasileiros se libertarem das amarras que os prendiam a cultura européia. Não demorou a realidade nacionalista ganha fórum de discussão e prática através do objetivismo, forma mais evidente das necessidades de se retratar com maior veemência a linguagem do povo, divulgar o realismo do cotidiano, discutir comportamentos e até mesmo criticá-los e ironizá-los. Mereceram destaque nesta fase, Machado de Assis, com as obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista; Aloísio de Azevedo com O Mulato e O Cortiço e ainda Raul Pompéia com O Ateneu.
Este documento chegou-me por e-mail. Quando o li não tive dúvida, seria um excelente achado de pesquisa e informação para aqueles que entendem como necessidade, estar ciente de como era o emprego e o comportamento linguístico da nossa língua portuguesa, no século XIX e, o quanto tinha a ver com as regras gramaticais herdadas de Portugal por excelência. Neste documento, por exemplo, a forma gramatical empregada foi denominada como sendo da “língua portuguesa arcaica”. Dê sua opinião sobre o tema, se achar conveniente. Seria interessante uma avaliação mais consistente sobre as alterações e flexibilidade ocorridas durante os anos com o nosso idioma.
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