Ao se propor a ler o
livro Enlace, da escritora Ana Luísa, deve-se levar em conta, tratar-se de uma
obra escrita por uma adolescente de 16 anos de idade, na época da sua concepção
– hoje, com 18, o livro já está na sua 2ª edição. Nem por isto a impediu de
escrever um texto abrangente, com várias situações difíceis de serem digeridas
e encaradas de frente sem medo. Sobretudo, decifrando a insensatez do destino,
procurando respostas no baú das incertezas.
A partir desse princípio, torna-se perceptível o grau de maturidade da autora. A garota escreve e pensa como gente grande e graúda quando nos referimos à literatura conceitual, onde as personagens têm objetivos concretos e metas a serem conquistadas.
A partir desse princípio, torna-se perceptível o grau de maturidade da autora. A garota escreve e pensa como gente grande e graúda quando nos referimos à literatura conceitual, onde as personagens têm objetivos concretos e metas a serem conquistadas.
Até pouco tempo atrás,
meninas com sua idade, brincavam de ser adultas e, até mesmo, sonhavam ser A Gata Borralheira (Cinderela) no seu baile de debutante, onde provavelmente encontraria o
seu príncipe exultante e o mais disputado entre as demais, pelos seus encantos
de beleza e virilidade física. Acontece que, com Ana Luísa, para nossa sorte,
ela foi seduzida pela literatura, permitindo que tomássemos conhecimento, do
que, uma garota, ainda em fase de autoconhecimento, fosse capaz de desenvolver
raciocínio denso, cheio de interpretações irracionais para uma jovem de sua
idade.
Outro fato curioso no
livro, é que toda trama se desenvolve praticamente em Paris, envolvendo duas
amigas inseparáveis em busca dos mesmos ideais: serem reconhecidas como bailarinas
de sucesso. O primeiro desafio para elas foi o de morar sozinhas numa cidade
cosmopolita, cheia de vícios, virtudes e sonhos como Paris. Segundo ter que enfrentar
os seus dragões e pesadelos pessoais com coragem. Sem se
submeterem a qualquer intimidação, foram capazes de encarar situações incomuns,
tanto no aspecto moral e profissional, como sentimental.
Alvos de uma plateia
acostumada com a desonra, lutas, conflitos e vitórias. Expostas em plena arena
do Coliseu das suas particularidades e orfandade familiar. Formaram um conjunto
harmonioso de sobrevivência, superando obstáculos, domando leões e cuspindo
fogo, num circo de horrores. Içaram as velas da determinação, removendo dos
seus caminhos as desigualdades naturais, capazes de dobrar a ampulheta do
tempo, sem desviar do caminho que o levariam à felicidade.
Sua obra, segundo Ana
Luísa, foi inspirada nos textos de Stephenie Meyer autora da saga Crepúsculo e,
com um leve toque do romantismo envolvente, encontrado nas criações de
Nicholas Sparks. Porém, no seu caso, existem identidade e digitais próprias. Características
expressivas, que não deixam dúvidas, quanto suas qualidades de uma escritora
predestinada a se tornar, quem sabe em breve, uma colecionadora de Best
Sellers. Notabilizando a pequena cidade onde nasceu e vive até hoje, São Luís
de Montes Belos, interior do estado de Goiás, Brasil, numa signa literária gostosa
de admirar.
Outro detalhe, sua obra
tem cultivado a admiração e a simpatia de todos aqueles que a leram. Edificada
em uma narrativa rica em detalhes, fracionada em vários subtítulos ilustrados
com citações literárias, quando não da própria autora, de escritores
consagrados como, Khalil Gibran, Silvia Schmidt, Stephenie Meyer, René
Descartes, William Shakespeare, Saint-Exupéry, Clarice Lispector, Gonçalves
Dias, Bíblicos, dentre outros. Os parágrafos e os períodos são curtos, que
facilitam a leitura e o entendimento, além do uso coerente de analogias e
metáforas. Enfim, uma criação merecedora dos aplausos alcançados.
Bússola
Literária ouviu com exclusividade a escritora Ana Luísa, num papo muitíssimo
agradável em um café da cidade. Na ocasião estava acompanhada do seu pai, Elio
Graciano, professor de linguística na Faculdade Montes Belos (FMB) – admirador
fervoroso da autora –, quando contou várias curiosidades que envolveram o
processo criativo e a inspiração para o desenvolvimento do seu conteúdo. Sua
entrevista é uma revelação que merece ser lida com atenção, analisando todos os
quesitos justificáveis de sua virtuosidade juvenil.
BL –
Quem é Ana a personagem? Seria a própria imagem refletida da autora?
Ana
Luísa – Ana é uma moça italiana que transfere todas às suas expectativas em seus
sonhos, porém na hora de vivê-los se fecha, cria uma barreira, ocasionados pela sua personalidade insegura e sensível. Ana Rossetti tem muito de mim. É como estar respondendo perguntas sobre meu livro. Queria e quero muito isso
para o Enlace, mas tenho simplesmente medo de executar meus planos de vida.
BL –
Você disse que o seu livro foi inspirado na obra de Stephenie Meyer,
Crepúsculo. De que forma flui esta correlação?
Ana
Luísa – Bella, narradora-personagem de Crepúsculo, tem muitas características refletidas em Ana Rossetti. A insegurança, a espontaneidade de dizer o que está
sentindo, apenas com um olhar ou gesto, a fragilidade, as dúvidas com os
sentimentos, o impulso, o amor dividido num triângulo amoroso, tornam esse
conjunto de situações, naquilo que sinto e que me identifico com a história.
Isso está presente na estrutura psicológica e emocional do livro. Quem sabe, nas pequenas interações abstratas da narrativa. Também acontece com Enlace, casualmente na sua estética, no que se refere a divisão do livro em três partes, como a do livro Amanhecer. Ressaltando a
riqueza de detalhes, títulos de cada capítulo. Acredito que, por isto, há muitas características de
Crepúsculo neste meu livro.
BL –
Na história Ana, tenta demonstrar ser uma garota forte e resoluta. Enquanto na
verdade é frágil e dependente. O quê você quis demonstrar com essa dualidade de
comportamento?
Ana
Luísa – Todos nós somos frágeis e dependentes quando estamos numa situação de
escolha, de frente com o desconhecido, mas o que muda a circunstância é a atitude
diante disso. Se eu me transpareço forte, ousada e corajosa, um dia serei realmente
isso. É o que acontece com Ana ao longo do enredo.
BL –
Ana é de origem italiana, nasceu em Milão e se aventura a viver na “Cidade Luz
e do amor”, em busca de aprimorar sua arte de dançarina, por quê?
Ana
Luísa – Por questão de identidade. Ana, por ter alma de artista, se identifica
com cidades que são tradicionalmente voltadas para a cultura.
BL –
Ao ler o livro percebe-se que tanto Ana, quanto Rodrigo, omitem recordações do
passado de ambos, não acredita que faltou esse ingrediente que mostrasse ao
leitor suas heranças genéticas e culturais?
Ana
Luísa – A omissão é intencional. Há na história pistas, janelas, possibilidades
de um novo enredo. Por exemplo, a paixão pelos jardins que possuem formas
vindas de outra época. Sejam relíquias herdadas a partir dos avós de Ana ou até, de sua
descendência italiana.
BL –
De onde vem o apoio financeiro de Ana para se manter numa cidade cosmopolita
como Paris, se locomovendo, utilizando praticamente como meio de transporte o táxis e sem impedimentos para viver
como se pertencesse uma classe social acima da média?
Ana
Luísa – Poderia ter vindo essa condição financeira de sua família. No entanto,
o que tem explícito é que Ana se encontrava no auge de sua profissão. Já havia
adquirido seu enriquecimento, além da companhia ajudar com o financeiro, em
troca de ser uma dançarina famosa e obedecer aos critérios e as formas que eles
ditavam na dança.
BL – O
livro faz referência a três cidades importantes no contexto cultural. Milão a
cidade natal, moderna, bem estruturada economicamente e de um passado histórico
relevante; Paris cidade que inspirou grandes escritores e onde tudo acontece
nas artes. E por fim, Verona, também referência da literatura
clássica/renascentista e símbolo para uma das mais importantes obras de Shakespeare,
Romeu e Julieta? O que te levou a preferir tais cidades, sendo que, a
ambientação da história poderia transcorrer em lugares sem tanto brilho? Existe
uma razão ou é apenas um simbolismo conjuntural?
Ana
Luísa – São cidades que sou apaixonada e tenho muita vontade de conhecê-las. A estrutura, a história e a cultura dessas cidades, formam um conjunto extraordinário. Há grandes artistas e autores, vindos da Europa que fizeram presença na minha infância, nas encantadoras histórias de príncipes e princesas, na luta contra o mal.
BL –
Está com outro livro em mente?
Ana
Luísa – Mais ou menos. Depende da aprovação da obra, da aceitação dos leitores,
propostas novas de publicações, projetos de filme do livro. Todos os dias eu
tenho milhões de histórias burilando na mente. Escrever pra mim não é uma barreira.
BL –
Este outro livro seguirá a mesma temática?
Ana
Luísa – Tenho muita vontade de aprofundar em experiências de ordem mais
espiritual, revelando intimidade com Deus, caráter do Nosso Grande Pai, pegando
até histórias da bíblia e romanceando-as. Aproximar mais o leitor do amor
incondicional. Mas ainda não me sinto pronta para começar. Isso requer muito
estudo e muito cuidado. Não é um tema de tanta aceitação, no entanto, tudo depende de como colocamos no papel.
Nota: Para contato e adquirir o livro Enlace. Você deve procurar através do telefone celular (64)9968-8164 com o professor Elio Graciano ou pelo número (64)9221-3707. Também pode solicitar sua aquisição por meio do e-mail: eliograciano@hotmail.com. O valor da obra é de R$ 25,00, fora a postagem, no caso de interessados que não residem em São Luís de Montes Belos-GO, Brasil.
Nota: Para contato e adquirir o livro Enlace. Você deve procurar através do telefone celular (64)9968-8164 com o professor Elio Graciano ou pelo número (64)9221-3707. Também pode solicitar sua aquisição por meio do e-mail: eliograciano@hotmail.com. O valor da obra é de R$ 25,00, fora a postagem, no caso de interessados que não residem em São Luís de Montes Belos-GO, Brasil.
A propósito, você já acessou a fan page do meu livro infantil Juju Descobrindo Outro Mundo? Não imagina o que está perdendo. Acesse: www.fecebook.com/jujudescobrindooutromundo.
E o site da Juju Descobrindo Outro Mundo, já o acessou? Se eu fosse você iria conferir imediatamente. Acesse: www.admiraveljuju.com.br
Imagens: da autora