De repente
me deparo com a sorte de ter amigos. Eu disse, amigos mesmo! Mesmo sendo pela internet, acredita? Pois existem. A publicação deste
lindo conto de amor, só está sendo possível, com a ajuda indispensável da minha
amiga virtual, Shirley Lopes, que muitas vezes tem a gentileza de dedicar um
pouco do seu tempo, enviando-me “pps”, através do meu email. Felizmente as
leio. E quando, menos espero me vejo de frente com histórias extraordinárias.
Enriquecedoras e de reflexão.
Esta é uma
delas, cuja qual, está sendo dividida com você, motivo da essência e existência
deste blog Bússola Literária. Espero, entretanto, estar contribuindo, de alguma
forma, com a oportunidade de poder absorver alguns dos milhares de ensinamentos que
a vida, ou existência, nos proporciona.
“Nunca é
tarde para ser feliz”. Portanto, não espere as águas dos rios, te trazerem
recados, trazer um amor há muito sonhado. Elas passam por inúmeros lugares, é
correto: cidades grandes, pequenas, campos, serras, montanhas,
enfim, onde suas águas, que são o elixir da terra, da vida. Independente do tamanho do seu veio encontre um caminho, uma vazante, entre pedras, matas, veredas e até
onde o ser humano o está destruindo, sem piedade e hesitação.
Lugares em
que você – acredito – jamais imaginou conhecer, ou até mesmo, encontrar uma
pessoa que fosse filho o morador desse lugar. Isto se chama destino. Pode-se
chamar também, a mão de Deus, te guiando para ir de encontro com a felicidade
que gentilmente está te esperando.
Espero
mais uma vez, estar te levando a uma viagem: “Destino, o inesperado me
aconteceu.” É o meu desejo, que no decorrer desta viagem, encontre a sua carta
mágica, o seu sonho mágico. E que este, esteja te trazendo boas e oportunas
notícias; juras de um amor no solar do céu iluminado, pelas estrelas e pirilampos. Boa leitura.
Se achar
conveniente, seu comentário será bem-vindo...
Nunca é
tarde para ser feliz
Eu
retornava pra casa, em um dia muito frio quando tropecei em
uma carteira. Procurei por algum meio de identificar o dono. Mas a
carteira só continha três
dólares e uma carta amassada, que parecia ter ficado ali por muitos anos.
No
envelope, muito sujo, a única coisa legível era o endereço do remetente.
Comecei a ler a carta tentando achar alguma dica.
Então eu vi o cabeçalho. A carta
tinha sido escrita quase sessenta anos atrás.
Tinha
sido escrita com uma bonita letra feminina em azul claro sobre um
papel de carta com uma flor ao canto esquerdo. A
carta dizia que sua mãe a havia
proibido de se encontrar com Michael. Mas ela escrevia a carta para dizer
que sempre o amaria. Assinado
Hannah.
Era uma
carta bonita, mas não havia nenhum modo, com exceção do nome Michael, de
identificar o dono. Entrei em contato com a companhia telefônica,
expliquei o problema ao operador e lhe pedi o número do telefone no
endereço que havia no envelope.
O
operador disse que havia um telefone, mas não poderia me dar o número.
Por sua própria sugestão, entrou em contato com o
número, explicou a situação e fez uma conexão daquele telefone comigo.
Eu
perguntei à senhora do outro lado, se ela conhecia alguém
chamada Hannah. Ela ofegou e respondeu:
- Oh!
Nós compramos esta casa de uma família que tinha uma filha chamada Hannah.
Mas isto foi há 30 anos.
- E você saberia onde aquela família pode ser localizada agora? Eu perguntei.
- E você saberia onde aquela família pode ser localizada agora? Eu perguntei.
- Do que
me lembro, aquela Hannah teve que colocar sua mãe em um asilo alguns anos
atrás, disse a mulher.
- Talvez se você entrar em contato
eles possam informar.
Ela me deu
o nome do asilo e eu liguei. Eles me contaram que a velha
senhora tinha falecido alguns anos atrás, mas eles
tinham um número de telefone onde acreditavam
que a filha poderia estar vivendo.
Eu
lhes agradeci e telefonei. A mulher que respondeu explicou que
aquela Hannah estava morando agora em um asilo. A coisa toda começa a
parecer estúpida, pensei comigo mesmo. “Pra que estava fazendo aquele movimento
todo só para achar o dono de uma carteira que tinha apenas três dólares e uma
carta com quase 60 anos?”
Apesar
disto, liguei para o asilo no qual era suposto que Hannah estava vivendo e o
homem que atendeu me falou:
- Sim, a Hannah está morando conosco.
Embora já passasse das 10 da noite, eu
perguntei se poderia ir para vê-la.
- Bem, ele
disse hesitante, se você quiser se arriscar, ela poderá
estar na sala assistindo a televisão. Eu agradeci e corri para o asilo.
A
enfermeira noturna e um guarda me cumprimentaram
à porta. Fomos até o terceiro andar. Na sala, a enfermeira me
apresentou a Hannah.
Era uma
doçura, cabelo prateado com um sorriso calmo e um brilho no olhar. Lhe falei
sobre a carteira e mostrei a carta. Assim que viu o papel de carta com aquela
pequena flor à esquerda, ela respirou fundo, e disse:
- Esta
carta foi o último contato que tive com Michael.
Ela pausou um momento em pensamento e então
disse suavemente:
- Eu o amei muito. Mas na ocasião eu tinha só
16 anos e minha mãe achava que eu era muito jovem.
- Oh, ele era tão bonito! Ele se parecia com
Sean Connery, o ator.
- Sim... Ela continuou.
- Michael
Goldstein era uma pessoa maravilhosa. Se você o achar, lhe fale que eu penso
frequentemente nele.
- E... Ela
hesitou por um momento, e quase mordendo o lábio.
- lhe fale
que eu ainda o amo.
- Você
sabe... Ela disse sorrindo com lágrimas que começaram a rolar em seus olhos.
- Eu nunca
me casei. Eu jamais encontrei alguém que correspondesse ao Michael...
Eu agradeci a Hannah e disse adeus. Quando
passava pela porta da saída, o guarda
perguntou:
- A velha senhora pode lhe ajudar?
- Pelo menos agora eu tenho um sobrenome. Mas
eu acho que vou deixar isto para depois.
Eu passei
quase o dia inteiro tentando achar o dono desta carteira.
Quando o guarda viu a carteira, ele disse:
- Ei,
espere um minuto! Isto é a carteira do Sr. Goldstein, disse.
- Eu a
reconheceria em qualquer lugar. Ele está sempre perdendo a carteira. Eu devo
tê-la achado pelos corredores ao menos três vezes.
- Quem é Sr. Goldstein? Eu perguntei com minha
mão começando a tremer.
- Ele é um dos idosos do 8º andar. Isso é a
carteira de Mike Goldstein sem dúvida. Ele deve tê-la perdido em um de seus
passeios.
Agradeci o
guarda e corri ao escritório da enfermeira. Lhe falei sobre o que o guarda
tinha dito. Nós voltamos para o elevador e subimos.
No oitavo andar, a enfermeira disse:
- Acho que
ele ainda está acordado. Ele gosta de ler à noite. Ele é um
homem bem velho.
Fomos até
o único quarto que ainda tinha luz e havia um homem lendo um livro. A
enfermeira foi até ele e perguntou se ele tinha perdido a carteira. Sr.
Goldstein olhou com surpresa, pondo a mão no bolso de trás e disse:
- Oh, está perdida!
- Este
amável cavalheiro achou uma carteira e nós queremos saber se é sua?
Entreguei a carteira ao Sr. Goldstein, ele
sorriu com alívio e disse:
- Sim, é minha! Devo ter derrubado hoje à
tarde. Eu quero lhe dar uma recompensa.
- Não, obrigado, eu disse.
- Mas eu
tenho que lhe contar algo. Eu li a carta na esperança de descobrir o dono da
carteira.
O sorriso
em seu rosto desapareceu de repente.
- Você leu
a carta?
- Não só
li, como eu acho que sei onde a Hannah está. Ele ficou pálido de repente.
- Hannah?
Você sabe onde ela está? Como ela está? É ainda tão bonita quanto era? Por
favor... Por favor, me fale, ele implorou.
- Ela está
bem... E bonita da mesma maneira como quando você a conheceu.
Eu disse suavemente.
O homem
sorriu e perguntou:
- Você
pode me falar onde ela está? Quero chamá-la amanhã.
Ele
agarrou minha mão
e disse:
- Eu
estava tão apaixonado por aquela menina que quando aquela carta chegou, minha
vida literalmente terminou.
- Eu nunca me casei. Eu sempre a amei.
- Sr.
Goldstein, eu disse, Venha comigo.
Fomos de
elevador até o terceiro andar. Atravessamos o corredor até a sala
onde Hannah estava assistindo televisão. A
enfermeira caminhou até ela, e disse:
-
Hannah...
Ela disse suavemente. Enquanto apontava para Michael que estava esperando comigo na entrada.
Ela disse suavemente. Enquanto apontava para Michael que estava esperando comigo na entrada.
- Você
conhece este homem?
Ela
ajeitou os óculos, olhou um momento, mas não disse uma palavra.
Michael
disse suavemente, quase em um sussurro.
- Hannah,
é o Michael. Lembra-se de mim?
- Michael!...
Eu não acredito nisto!... Michael é você?... Meu Michael?
Ele caminhou lentamente até ela e se
abraçaram. A enfermeira e eu partimos com lágrimas rolando em nossas faces.
- Veja...
Eu disse.
- Veja
como o bom Deus trabalha! Se tem que ser, será!
Aproximadamente três semanas depois eu recebi
uma chamada do asilo em meu escritório.
- Você pode vir no domingo para assistir a um casamento?
O Michael e a Hannah vão se casar!
Foi um casamento bonito, com todas as pessoas
do asilo devidamente vestidos para a celebração. Hannah usou um vestido bege
claro e bonito. Michael usou um terno azul escuro.
O hospital
lhes deu o próprio quarto. E se você sempre quis ver uma noiva
com 76 anos e um noivo com 79 anos agindo como dois
adolescentes, você tinha que ver este par.
Um final
perfeito para um caso de amor que tinha durado quase 60 anos.
Nunca é
tarde para ser feliz. Penso que para viver um grande amor não tem
idade, nem tempo, nem nada... É mais que sexo, é
ter a sensação de pertencer!!!
Penso ser feliz está mais perto do que
imaginamos. Muito mais perto.
Nunca é
tarde para ser feliz.
(Autor: eu
desconheço. Porém, ficarei contente que se apresentasse. Que todos o conhecessem,
e, soubesse de que cabeça abençoada surgiu esta história de amor.)
A propósito, você já acessou a fan page do meu livro infantil Juju Descobrindo Outro Mundo? Não imagina o que está perdendo. Acesse: www.fecebook.com/jujudescobrindooutromundo.
E o site da Juju Descobrindo Outro Mundo, já o acessou? Se eu fosse você iria conferir imediatamente. Acesse: www.admiraveljuju.com.br
Imagens: Google Image
8 comentários:
Belíssima e envolvente história. Quem passou a vida amando ma só pessoa, sabe exatamente o que é isso... (emocionada) ... enfim, nem sempre o destino é tão ardiloso quanto foi com Michael e Hannah... mas, sempre terá seus truques. Beijos de VC, querido amigo Dilson...
Que maravilha esplendorosa pura benção de Deus .
Não tenho nem palavras para comentar esse conto de tão lindo
Pura perfeição divina, é como eu sempre digo, se for a vontade de Deus, quem impedirá?
Veja como o bom Deus trabalha! Se tem que ser, será!
Nunca é tarde para ser feliz. Penso que para viver um grande amor não tem idade, nem tempo, nem nada... É mais que sexo, é ter a sensação de pertencer!!!
Sem mais comentário. Amei, amei e amei.
Parabéns Dilson o B.L. sempre se superando em cada postagem
Bjus querido amigo e continue sempre assim, porque isso faz um bem danado
tanto para quem escreve e mais ainda para quem lê.
Estou muito grata
Juloren
Obrigado queridas, Vera Celms e Juloren, pelas simpáticas visitas e os gentis comentários. Eu tb gostei mto. O conto nos leva a uma reflexão sobre o curso e as surpresas que a vida pode nos reserva. Bjs...
Dilson meu amigo!Você trabalha e recolhe poesias que se espalham ao sol de todos nós...
Abraços!Parabéns!
Shirley Lopes
Dilson admiro as escolhas que fazes!São passarinhos livres e borboletas em flores!
São encantos que encantam e retornam asas em ascese ao nosso ser!Obrigada!
Shirley Lopes
Obrigada meu amigo! Namastê!(A minha essência saúda a sua essência)
Dilson admiro as escolhas que fazes!São passarinhos livres e borboletas em flores!
São encantos que encantam e retornam asas em ascese ao nosso ser!Obrigada!
Shirley Lopes
Estimada Shirley Lopes, obrigado pela visita, e a constatação no que resultou sua "pps". Espero que tenha gostado. Eu particularmente gostei muito. E as pessoas que tiveram acesso, têm manifestado agradecidas pelo conteúdo edificador deste conto. Obrigado mais uma vez, pela sua gentil cooperação. Abç. Fraterno...
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