quinta-feira, 31 de março de 2011

Gotas de Emoções






Recebi há algum tempo o segundo livro da escritora e poeta Arlete Meggiolaro, Orvalho D'Alma - Gotas de Emoções -, que reservei para um momento como este em que estamos deparando, tão oportuno, onde o Planeta se encontra numa profusão de acontecimentos considerados insólitos causados por acidentes naturais de toda natureza (Japão) e no outro extremo das intolerâncias, a ambição desenfreada do homem pelo poder e para o poder, nos países de descendência árabe do continente africano.

Segundo dados garimpados do livro em destaque "O título Orvalho D'Alma - Gostas de Emoções é muito mais apropriado do que poderíamos imaginar a primeira vista. Os poemas de Arlete Meggiolaro brotam de sua alma como o orvalho de todas as manhãs."

Em dezembro do ano passado Bússola Literária teve a felicidade de publicar dois Contos e uma Crônica do seu primeiro livro "Silhuetas do Âmago", textos muito bem recebidos e reverenciados pelos leitores, o que não era de se admirar pelo seu talento de brincar elegantemente com as palavras na construção de sua linguagem poética.

De maneira curiosa e nada agradável, o seu despertar para o exercício de escrever se deu em decorrência de uma síndrome do pânico, fator que a fez considerar-se uma analista de si mesma, através de sua essência intuitiva e literária. Diante deste problema existencial, aproximou-se dos professores: Gilson Rampazzo (Museu Lasar Segall) e Airo Zamoner que a fizeram descobrir o manancial efervescente que as palavras podiam exercer sob o rejuvenescimento da alma, contribuindo sobremaneira para que buscasse novos caminhos. Com esta orientação providencial conseguiu afugentar o mal do medo, fazendo renascer dele, outro estágio mais avançado, trocar a insensatez das contradições psicológicas e, manter acesa a chama do poema da vida; e nas veias poéticas do coração descobriu o elixir do amor.

Eis a seguir três poemas extraídos desta preciosa obra poética de Arlete no seu Orvalho D'Alma - Gostas de Emoções.





Arte Maior



Cortinas poderão se cerrar.

O sol poderá se esconder.

As estrelas poderão apagar.

O oceano poderá secar.

As árvores poderão ficar nuas.

O mundo poderá virar deserto.

Nada mudará o que eu em meu coração

está incrustado, arraigado, cinzelado...



O Amor Arte Maior,

o substancial do meu existencial,

obra divina da criação.




O Amor arquitetura edificada

no Éden do meu órgão relicário,

no existir em mim pérolas do rosário...

Esquenta meu ser de tanto querer.

Ilumina minhas noites insones,

sonhos do ter seu cognome.

Suas ondas me envolvem nas emoções,

êxtase do envolvimento

que florescem com plenitude,

de alvorada à alvorada

no oásis dos meus sentimentos.



Amor cântico magistral que ecoa

por todo universo do meu ser.



Você o patrimônio maior do meu reino-existir.

Você é a Arte Maior.

Você o meu Amor.




Perfume do poema


Teu poema, teu lume

tua prosa

enaltecem o ser do meu ser,

invadem-me de querer.



Faz-me querer em ser,

do frasco presente, a eterna rosa

espalhando perfume

pelo cume da tua alma,

entorpecendo-te com a franca calma

do querer permanecer

sem o negrume do perder.



Manifesto, num simples gesto,

o adeus ao ausente,

passageiro do banco reminiscência

do trem passado.

Certamente será lembrado,

em nova era,

pela eminente consciência.



Invade-me de querer

o ser do meu ser

tua prosa, teu lume

teu poema

exalando o perfume

do querer permanecer.



Angelino Figurino


Siga meus passos

neste crepúsculo na praia...



Céu cambraia, aquarelado,

pincelado com a cor sobretarde.

Sobre o lençol azul

a noite espreguiçava.

Por trás da nuvem negra,

do corpo a lua exibia pedaços

avermelhados quase rosados.



Dali, ela me espreitava

fascinava-me,

segurava meus passos no espaço,

à caminhada,

lentas passadas.



Aquarela, pincel...

Feito do Criador.



Transmutação! Imagine o esplendor...



Um mover preguiçoso...

Sobre a mão da desregrada nuvem anegrada

a lua surgiu em angelino figurino

exibindo seu glorioso aurino

ao lusco-fusco apaixonado.

...



Meu amor

ajoelhou diante desse primor,

louvou ao Pai dos sentimentos

o abençoamento,

nesta platéia terrestre

poder assistir a superdose

da magnificente apoteose.


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Imagens: Internet/Fotosearch

domingo, 13 de março de 2011

Burt Lancaster conquista a eternidade,

Burt Lancaster conquista a eternidade

É provável que as gerações pós anos 80 não se lembram, ou não conhecem Burt Lancaster e tampouco seus memoráveis filmes mesmo estando disponíveis nas melhores locadoras. Bússola Literária está feliz de poder contar um pouco de sua rica trajetória tanto no cinema, quanto na vida real.

De orígem simples, tornou-se num dos astros mais concorridos pelos melhores diretores do cinema norte-americano e europeu, participando de dezenas de filmes dos anos 40 a 80, o que lhe rendeu um Oscar de melhor ator em l960, pela sua atuação no filme "Entre Deus e o Pecado", interpretando um caixeiro-viajante e ex-estudante de teologia.

Segundo a Wikipédia, enciclopédia livre da Internet, Burt Lancaster alcançou sua popularidade a partir dos anos 50, conquistando sua primeira indicação ao Oscar como melhor ator em l953, pela sua atuação no filme "A Um Passo da Eternidade". Em seguida receberia mais três indicações: em l960 pelo filme "Entre Deus e o Pecado"; em l962 por "O Homem de Alcatraz" e em l980 por "Atlantic City". Além das interpretações dramáticas, Burt Lancaster brilhou em vários outros filmes nos quais podia exibir sua excelente forma atlética, como o drama "Trapézio" em l956. Como produtor ganhou outro Oscar pelo filme "Marty" em l955, sucesso também em Cannes.

O artigo que ora Bússola Literária apresenta, foi extraído da coluna Datas da revista Isto É de 26 de outubro de l994, página 110. A autoria não é mencionada, porém com destaque por merecimento, deste inesquecível ator e por ter sido publicado seis dias após sua morte. Esperamos que goste. Ah! Não deixe de verificar os links contidos no artigo.
O leopardo dá adeus a Hollywood


O ator americano Burt Lancaster, um dos maiores nomes do cinema dos anos 60, morreu na quinta-feira (20 de outubro de 1994) de ataque cardíaco, aos 80 anos, em Los Angeles. Embora nunca tenha feito um só curso de interpretação Lancaster trabalhou em mais de 70 filmes e ficou conhecido como símbolo sexual de uma geração. Trapezista de circo na juventude, vindo de uma família pobre do bairro do Harlem, em Nova York, ele foi "descoberto" como os modelos costumam ser nos dias de hoje: dentro de um elevador de um edifício comercial. O caça-talentos o levou para o teatro, que somente desta vez teve o galã em uma peça sem relevância.

A partir daí, Lancaster começou a atuar freneticamente no cinema, impondo cada vez mais sua figura viril e atlética. Os assassinos (1946), baseado em obra de Ernest Hemingway, foi o seu primeiro trabalho. Logo seguiram-se filmes onde encarnou gângsteres, prisioneiros, xerifes, piratas e bandidos. Personagens que esculpia com a força de quem teve no picadeiro do circo a sua verdadeira escola de arte dramática. Nesta fase, uma cena que ficou antológica foi a do beijo com a atriz Deborah Kerr, em A Um Passo da Eternidade. Abraçados nas areias de uma praia do Havaí, Lancaster e Kerr, que interpretava a mulher de um capitão do Exército, realizaram uma sequência de carga erótica insuperável, ainda que vestidos com maiô e short comportados.

O único Oscar da vida de Lancaster veio em 1960, com filme Entre Deus e o pecado. A consagração, contudo, só chegou três anos depois, através de O leopardo (1963), do cineasta italiano Luchino Visconti. Na pele do príncipe Fabrizio, Lancaster construiu um personagem forte e sensível. Foi bastante criticado pela imprensa européia, que o achava um "tanto vulgar" para protagonizar um filme do renomado mestre. Mas o seu carisma e sensualidade atraíram o diretor italiano ainda mais uma vez: em 1975, um Lancaster maduro e requintado protagonizou Violência e paixão. Visconti não escondia a admiração pelo ator. "Burt Lancaster é um homem às vezes despótico, rude e impetuoso, outras vezes romântico, bom e compreensivo, até mesmo estúpido, mas, sobretudo, misterioso", declarou certa vez. Seu ar de homem do campo, afeito ao sexo e ao trabalho braçal, irritava, de uma certa forma, a elite do cinema europeu. Mas não o impediu de chamar a atenção de alguns diretores, como o francês Louis Malle, que o dirigiu no comovente Atlantic City, em 1981, e a italiana Liliana Cavani (de A pele, no mesmo ano). Com Bernardo Bertolucci sua participação foi sui generis, já que concordou em trabalha de graça (no filme 1900) apenas porque caiu de amores pelo roteiro.

Na década passada (anos 80), Burt Lancaster chegou a contracenar com um dos seus melhores amigos da adolescência, Kirk Douglas, com quem formou uma dupla de velhinhos safados em Os últimos durões. Pelo ator guardava uma amizade sincera. "Kirk é o homem mais difícil e colérico que conheço, fora eu mesmo", reconheceu. "Ele briga com sua mulher, com seus filhos, com a empregada. E só Deus sabe como ele brigou comigo."

Mas Burt não ficava atrás em matéria de explosões emocionais. Sua segunda mulher, a ex-atriz Norma Anderson, com quem teve cinco filhos, costumava dizer que era impossível ficar o tempo todo perto do marido. A primeira, a trapezista June Emst, não chegou a se cansar do musculoso de Hollywood, pois o casamento durou seis meses.

Na vida real, Lancaster reafirmava a imagem que o projetou para as telas. "Acho que sou o sujeito que sempre vai para a cama com a garota da história - nem que seja depois de o filme terminar", afirmou aos 73 anos, na ocasião de seu casamento com Susan Scherer, sua secretária, 40 anos mais nova do que ele. Há tempo que sua saúde inspirava cuidado. Em 1983, ele teve um ataque cardíaco; em 1985, submeteu-se a uma cirurgia no abdômen que o impediu de protagonizar o filme O beijo da mulher aranha, de Hector Babenco. O papel acabou ficando para William Hurt. Cinco anos depois, foi hospitalizado em função de um derrame. Fraco e alquebrado, Burt Lancaster morreu nos braços de Suzy, a última garota de sua última história.


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Imagens: Google imagens
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