sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tankamirés, o príncipe das múmias.



A minha amiga Shirley Lopes em um de seus momentos gloriosos, de posse da sua infindável sabedoria, criou um vídeo que, de tão bonito, de tão envolvente, não me contive e estou publicando. Acreditei tanto na sua mensagem e na sua semelhança com o que estou sentindo, ao ver o meu livro publicado, que resolvi brindar com você que está comigo agora, este momento ímpar. Tim tim!...












Encontra-se disponível na loja virtural da Editora Cidadela do Rio Grande do Sul, o meu livro "Tankamirés, o príncipe das múmias", o primeiro de um projeto que idealizei para a publicação de uma Coleção de Pequenas Histórias Ilustradas, dirigida ao público infantil e juvenil. Três temas foram escritos: "Juju descobre outros mundos", narra à história de uma minhoca que resolve sair do seu mundo subterrâneo para conhecer outras realidades; "Valentes e corajosos homens do mar", conta a saga do Cap. Moribundo ou Cap. Charles Grahann e sua tripulação a bordo do seu navio fantasma, considerados impiedosos piratas dos sete mares em busca da inocência e castigo para os seus algozes; e por fim "Tankamirés, o príncipe das múmias". O seu conteúdo possui dez ilustrações criadas e elaboradas pela artista plástica e ilustradora Neli Vieira, também responsável pela capa.

Devido à falta de recursos financeiros próprios, aliado a dificuldades de acesso aos planos de incentivo à cultura, promovidos pelo governo federal e estadual, o projeto da Coleção ficou estacionado. Entretanto, por intermédio da valiosa iniciativa da Editora Cidadela, através do seu programa "Publique seu livro por demanda", Tankamirés, o príncipe das múmias e outros nove títulos de autores iniciantes como eu, foram selecionados, numa seletiva entre vários participantes de todo o País, para ser publicado.

Uma história envolvente 

Desde o princípio da história da humanidade que o homem na sua evolução natural foi conquistando sabedoria, ousadia e astúcia que o permitiu sobreviver as mais imprevisíveis situações.

Houve um período em que o Egito - como outras civilizações que se destacaram vários séculos antes de Cristo - teve sua história permeada de conquistas e derrotas. Na época em que os fatos são retratados em "Tankamirés, o príncipe das múmias", o Egito gozava do seu esplendor máximo sob quase todos os aspectos. É nesse clima de prosperidade socioeconômica que se desenvolve esta aventura vivida por três amigos em busca de um ideal, lutar contra as forças do mau, mais precisamente contra a morte e seus efeitos. Algo teria que ser feito e de imediato, é o que ocorre através da ousada decisão de um anônimo e corajoso jovem em busca do milagre da vida. A narrativa contida no livro, é ambientada durante o reinado do faraó Akhenaton e sua austera rainha Nefertiti. Período de transição religiosa provocado pelo monarca em benefício próprio. Mesmo com todo o povo egípcio devotando sua fé ao deus Amon, divindade que trás o sol e a vida ao Egito, Akhenaton abdicou do credo herdado e cultuado pelo pai, instituindo nova devoção de adoração ao deus Aton, ou disco solar, se autodeclarando como sendo o único representante e mediador da divindade, com plenos poderes sobre a vida a morte.

Nos arredores da próspera Tebas, capital do império, o jovem Tankamirés de origem pobre e vinte anos de idade, sofre as agruras da fatalidade, onde sua amada Minakhasis encontra-se penosamente enferma e desenganada por grave doença. Inicia-se aí, sua odisseia pessoal contra o tempo e contra a morte. Uma caminhada sem destino certo, sem uma solução aparente que pudesse salvá-la do tormento das dores atrozes que a subjugavam. E consagrar perante a fé e a determinação, o seu desejo carinhoso de com ela formar uma família com muitos filhos.

Com a ajuda do amigo de infância Ankhetamon descobrem a existência de um eremita que depois de muitas viagens, cansado pela ausência do vigor físico provocado pela idade que despencava gradativamente, escolheu um lugar ermo e inóspito à margem esquerda do Nilo para viver no seu isolamento voluntário como ermitão até completar o seu círculo de vida.

Shorubhak, embora desconhecido e vivendo de forma incomum, era inteligente e entendia de ciências, química, medicina natural e filosofia. Ao se aliar aos dois amigos numa corrente de cooperação, torna-se a grande esperança de vida para a jovem enferma Minakhasis e a mão redentora que fabricaria o elixir da vida. A partir daí começa a importante participação de Shorubhak no desenvolvimento de poções consideradas mágicas. Durante todo o período envolvido visando o prolongamento da vida da jovem, os amigos não perderam a fé, sempre alicerçada com estímulos salvadores na crença de um futuro abençoado para Tankamirés e sua amada. No decorrer do processo evolutivo das formulações dos químicos, Shorubhak, mente evoluída de origem persa se revela um amigo atencioso, prestativo e totalmente empenhado com o caso. Mesmo com toda sua dedicação e conhecimentos científico e de botânica praticados na elaboração da fórmula infalível, o jovem apaixonado já havia encontrado sua segunda opção. Caso não conseguisse salvá-la, iria perpetuar seu corpo através da mumificação, mesmo tendo diante de si vários impedimentos severos.

Esta história rica em detalhes, envolvendo os sintomas do amor sincero com todas as letras, e o valor da amizade verdadeira, depara com situações lúdicas que enaltecem a importância que se deve dar à vontade pujante do poder altruísta, evidenciando que o desejo e a força inerente da grandeza do caráter, podem causar numa pessoa descobertas de valores substanciais. Fortalecendo a confiança ao nível necessário para encarar as vicissitudes que por ventura virão na trajetória durante a busca da realização dos seus objetivos. É a inegável certeza de que para tudo que se pretende fazer, precisa que seja feito com determinação e coragem. Só assim, será possível deixar um legado de vitórias e conquistas com bases sólidas para a posteridade.

Como disse o poeta lusitano Fernando Pessoa, "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isto existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." Tankamirés, o príncipe das múmias, não tem a pretensão transformar pessoas impondo-lhes regras, mas proporcionar momentos de lazer e entretenimento no horário em que possa existir tranquilidade e disposição para algo novo. "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original." dizia o notável físico alemão Albert Einstein, Prêmio Nobel de Física em 1921... Boa leitura.





Importante: Para maiores informações sobre o livro clic aqui, depois clic novamente na foto do exemplar constada no mostruário da loja e saiba sobre a forma de aquisição.

Ilustrações: Neli Vieira


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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ubirajara Galli homenageia José Mendonça Teles





Bússola Literária mais uma vez abre suas páginas para mais um talento literário. Desta vez é para o poeta goiano de Pires do Rio, Ubirajara Galli e sua Antologia poética de poesia falada: Concurso de Poesia Falada José Mendonça Teles, em homenagem ao amigo  também poeta e escritor, pelos seus quarenta anos de literatura, completados em 2010. Ubirajara Galli é membro da Academia Goiana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, entre outras entidades culturais.

Cronista, contista, ensaísta, historiador e poeta, José Mendonça Teles na sua vitoriosa carreira de intelectual, ocupou vários cargos importantes na esfera pública relacionados à cultura no estado de Goiás, e em várias outras relevantes instituições culturais em outros estados da Federação. Dentre suas marcantes conquistas no universo cultural, está a autoria do Hino do Cinquentenário de Goiânia e do Hino de Goiás; foi presidente da Academia Goiana de Letras durante dez anos e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás por outros doze anos, além de ter colaborado com o Projeto Resgate da Documentação Histórica das Capitanias de Goiás e Piauí, existentes em Portugal. Todos os documentos são relativos ao período de 1731 a 1822. Esta iniciativa teve por objetivo resgatar e manter vivos os vestígios evidenciados nos áureos desta época e contribuir como objeto de pesquisa. Os documentos foram microfilmados e trazido para estes Estados.


O livro Antologia - Concurso de Poesia Falada em destaque foi-me enviado pela amiga Fátima de Goiânia, admiradora dos textos do poeta também goiano de Hidrolândia, José Mendonça Teles. Esta obra antológica é também uma  comemoração de reconhecimento pelas mais de quatro décadas que o escritor dedicou à literatura e à memória da cultura goiana. No seu conteúdo uma legião de talentos, nem tão famosos, porém admiráveis poetas participam com suas criações poéticas. Três poemas foram selecionados de forma aleatória para esta publicação. Espero que o Bússola Literária esteja contribuindo de alguma forma para que você se aproxime mais da arte literária goiana e das várias nuances culturais do seu povo.



Velho Engenho
Autor e intérprete: Baltazar Mariano (Tazinho) - Petrolina-GO


Seu moço venha cá.
Eu quero contigo falar
Um pouco do meu viver
Me desculpe lhe importunar
Preciso desabafar
E quem está perto é você.

Eis ali uma baixada
Onde com a companheirada
Trabalhava com prazer
Quantas vezes de madrugada
Buscava a cana orvalhada
Pra naquele engenho moer.

Hoje pobre coitado
Quase todo desmanchado
Pra vê-lo de longe eu venho,
Seu moço, se o senhor me ver chorando
É revolta contra os anos
Que acabou com nosso engenho.

Aqui desta taperinha
Me lembro da mamãezinha
Estas palavras dizer:
Pega esta cuia e vai
No engenho e diga a seu pai
Que hoje eu quero manuê.

Daqui mudaram meus pais
Deixando tudo pra trás
Pra ver os filhos estudar
Lá minha mãe faleceu
Meu pai de desgosto morreu
Bem longe deste lugar.

Hoje aqui de volta estou
Conversando com o senhor
Naquele tempo que foi.
Sou de fato um diplomado
Mas tenho na mente gravado
Este engenho e quatro bois.

Obrigado meu amigo
Por ter parado e ouvido
Eu falar do meu passado
Se um dia precisar
Tu podes me procurar
Sou um modesto advogado.

Parece que estou sonhando.
Estou vendo trabalhando
Aquelas moendas perdidas
Vou embora, estou delirando
Vou continuar passando
Pelas moendas da vida.




A Gente e o Tempo
Autora e intérprete: Natália Marques - Goiânia-GO


Será falta de tempo
as inesplicadas correrias,
as vagas buscas em meio ao vão?

Será falta de tempo se correm tanto?
Ainda falta tempo para sorrir,
para ouvir, para olhar no olho.

Dizem que o tempo é curto.

Encurtam o tempo na ganância.
Encurtam o tempo nos ponteiros do relógio,
cronometram a vida, marcam dia para a felicidade,
amanhã, mês que vem, quando construir...

Amanhã é incerteza e não pertence a ninguém.

Será que o tempo é o culpado por ansiedades
ancoradas na alma do ser humano?
O ter é marca registrada na trajetória
onde são perdidas as histórias,
são perdidas as culturas, a moral
e só é permitido correr mais e mais.

Se o tempo é curto, também é rápido.

O tempo não espera os que dormem mais,
os que esquentam rede.
O tempo não espera os expectadores,
os especuladores, os que só querem flores,
os que só permanecem na platéia.
Essa é a lei do tempo.

E o culpado ainda é o tempo?

Mesmo o tempo sendo cronometrado
ainda é permitido sorrir e abraçar,
visitar, abraçar e acolher. É permitido colher flores,
escolher cores, saborear todos os sabores
e principalmente enganar dores.

Quem faz o tempo é você.

Existe o tempo para plantar e o tempo para colher,
o tempo para chorar e o tempo para sorrir
e principalmente com hora marcada ou por acaso
existe o momento para amar e ser amado.

Existe o tempo para se viver: agora neste instante.



Goiânia
Autora e intérprete: Sandra Fayad - Brasília-DF


Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de Bernardo Élis
Sou da terra de Mendonça Teles.
Vim lá de Atenas de Goiás, vim do brejo,
Da beira do Rio São Marcos,
Que põe na algibeira o Tejo.
Cardei sob a jabuticabeira
Mais formosa de Hidrolândia;
Tomei dois dedos de pinga,
E a pluma fui fiar na represa
do "corgo" Pirapitinga.
Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de Coelho Vaz.
Sou da terra de Mendonça Teles.
Nasci no "Santuário da Serra Dourada".
Sou "pungente".
Dou "uma galinha para não entrar numa briga"
e "um nelore para" dela não sair.
Mas não gosto de intriga,
Nem conto vantagem.
Fui cordata com Minas Gerais,
Generosa com Tocantins;
Com Brasília, foi dadivosa.
Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de Bira Galli.
Sou da terra de Mendonça Teles.
Sou das margens do Tocantins.
Sou das margens do Araguaia,
Onde sento na areia da praia
E penso em como a vida era
Nos tempos de Anhanguera.
Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de José de Aquino.
Sou da terra de Mendonça Teles,
Que orgulhoso ergue nossa bandeira
E versa em elegante caçoado
Do "passopreto" à "botina ringedeira,"
Da metrópole ao povoado,
Com parada em "Colibris"
De João Felício, o profeta.
Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de Maria do Rosário.
Sou da terra dos Mendonça Teles.
Carrego "uma tristeza telúrica
num coração aberto de sorrisos."
"Quero te amar mas"...
Confesso meus medos.
"Tenho sentimentos
espetados nos dedos."

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Imagens: Google Imagens