Ana Carolina Sansão, ou simplesmente Nina Sansão, como gosta de se identificar é uma adolescente de 17 anos, que escreve com a maturidade de uma pessoa que trilhou experiências de gente grande. O seu trabalho literário é digno de ser observado com atenção pelo olhar exigente dos editores e livreiros. Logo seus versos vergarão o comportamento e o pensamento pragmático de muitos caçadores de talentos
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No seu poema "Um ser irrelevante" a autora transcende a visão lúdica do poeta na construção dos seus versos, ao contar sua história baseada mais no sentimento do que na razão. Nesta viagem poética, normalmente o escritor conta o que lhe vem da alma, fertilizando o brotar da semente do amor com toda a magia do serenar do orvalho que embeleza uma flor. Contudo, esta maturidade precoce faz de Nina uma poeta que cresce sabendo aonde o seu caminhar a levará. Sem dúvida um conhecimento só permitido àqueles que têm talento.
Um ser irrelevante
O poeta não sabe fingir,
ele interpreta a realidade.
Nunca vê o fim
porque nada é de verdade.
O poeta não ama,
fala de amor, apenas.
De nada ele reclama,
mas de tudo se lamenta.
Foge da verdade...
Em cada verso um disfarce!
Canta um mundo de felicidade
e lágrimas de crueldade.
O poeta se esconde no medo
e no desejo de ser melhor.
Tem na mente um segredo:
"Queria ser um ser pior!"
Não vê maldade,
não sente rancor...
Mas na verdade
gostaria de renunciar ao amor.
Um poeta de verdade
não conta sílabas ou métrica,
ele sente, a alma invade,
e nasce então o falso poema!
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Em "Eis a realidade", seu outro poema, a autora remete as fantasias do pensamento, para contar os seus desejos juvenis, numa imaginária vontade de viver sua fábula pessoal. É como se Esopo e La Fontaine emergissem das lembranças, para incorporar suas mãos seguras na caneta mágica dos sonhos, correndo sobre a pauta livre de uma página em branco carente por uma mensagem de amor. Ainda que necessário seja para tocar o coração de criança sonhadora que queima sua alma, a espera do seu príncipe encantado montado em seu fogoso cavalo branco, para fazer reviver do sono profundo a Bela Adormecida de sua meiga sensibilidade infantil, aguardando com ansiedade o beijo da descoberta.
Eis a realidade
Uma criança caminha pela estrada
sem olhar para trás,
à procura do conto de fadas
que não existe mais...
Em meio à sua jornada
ela encontra um atalho
e no meio do nada
surge um jardim encantado.
O sonho muda de cor
quando um pequeno príncipe
declara seu amor
sob o luar que ali existe.
Com um beijo sela-se o laço
que encerra o sonho encantado.
O conto de fadas é esquecido
e o sentimento fortalecido...
Eis mais um final feliz
para uma história mal contada:
O que a criança sempre quis
morreu com seu conto de fadas!
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Na trajetória do ser humano, depois de ter vivido todas as estações da vida com total entrega, dizer adeus torna-se um martírio pessoal. A autora Nina Sansão em "Não escolhemos dizer adeus", navega sua imaginação por sitações onde mesmo com toda a frieza do tempo, as boas recordações se aquece na lareira da boa convivência. Faz lembrar a criança que chora na despedida da mão que a protege; faz acreditar que o céu com todo o seu esplendor de encantos e brilhos, ilumina o ambiente ressequido e insano do vento gélido no inverno da pureza do olhar. E novamente dizer adeus não é fácil, mesmo que a esperança tenha sido contada e que o próprio destino também irá contar.
Não escolhemos dizer adeus
O sol brilhava intensamente
ignorando o auge do inverno
quando uma estrela cadente
alcançou o longinquo universo...
A pequena muito temia
porque nada mais era igual.
O céu estrelado que antes havia
jamais voltaria a ser real.
Ao deparar-se com o novo mundo
uma criança pode confortar
a incerteza e o medo profundo
com a magia do olhar.
Um doce e sincero sorriso
acalentou o caração aflito,
mas a mudança de estação
separou um só coração.
Cada um seguiu seu caminho
vivendo o que ditava o destino,
sempre perdendo-se em olhares e sorrisos
de um sentimento impreciso.
Quanta esperança foi cantada?
Quanto poderiam viver?
Não saberemos, pois outro conto de fadas
o destino começa a escrever!
Fotos: Internet
7 comentários:
Olá jovem poeta,espero que vc continue libertando os pássaros de sua alma, porque fazer poema é isso..solta-los quando tem a certeza de que eles podem voar. Eles jamais voltam pra casa, e jamais são esquecidos.. mas nunca saberás onde eles pousarão, nem onde chegarão.
um grande abraço.
Não é de hoje que eu acompanho o trabalho da Nina, e desde que posso me recordar, já havia ela alcançando um nível diferenciado com sua poesia rimada... É muito legal ver o trabalho dela ser comentado de forma tão interessante como foi feito aqui, e espero poder ainda acompanhar o rastro de sua bela poesia em diversos outros lugares, tendendo sempre para um rumo de promessas maiores e melhores ^^
Parabéns ao blog pelo trabalho de divulgação, e parabéns à poeta por seu lindo trabalho!
Pois é caro Roger, também concordo contigo. Nina tem muito talento e o seu processo de crescimento é inegável. Obrigado pela visita ao Bússola Literária, na expectativa que continue sempre fazendo isto...
Parabens, Nina!
E parabens, Dilson, por divulgar este grande talento que a cada dia se mostra com mais clareza na poesia da Nina. Tenho a graça de acompanhá-la através do EuAutor e percebo que ela produz muito e com qualidade.
Desejo sucesso a essa moça e a esse blog!
Obrigado Fernando Lago pela visita. Estamos honrados com o seu comentário atencioso. Continue sempre prestigiando o Bússola Literária.
Abraço...
Parabens Nina pelos otimos textos..vc tem um grande potencial poetico..vem da alma..e isso esta sendo reconhecido agora.
Adoro a "Nina" uma das minha melhores amigas, sem dúvida têm muito talento para a poesia! Ah, hoje Roger (aí de cima) namora com ela..rsrs
Abraços! Parabéns pelo blog muito bom! :)
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